O primeiro filho e as diversas dúvidas

Há 4 meses e meio chegou na minha vida o maior presente que já recebi. Passado esse tempo vejo como tive sorte nos primeiros dias e meses de vida do Bernardo. Tudo correu bem no nascimento e nos dias que se segiram, mesmo com muita dor, foram dias agradáveis e tranquilos. Viemos pra casa e tivemos o apoio de uma super babá, que tem uma experiência incrível e uma paciência com o bebê maior ainda. Além disso, Bernardo nunca deu trabalho. Não teve cólica, gases, refluxo, não chorava, não demorava pra dormir, não era ruim de mamar. Meu peito não empedrou, não rachou, não vazou demais, não doeu além do normal. Não tive noites em claro, dias exaustivos, crises de choro, nada disso. Fiquei cansada sim, mas nunca exausta. Não fiz drama, não perdi a paciência, não entrei em desespero. Me adaptei rápido a nova rotina e me sai muito melhor do que o esperado (por mim e pelos outros). Passei a ser chamada de "tranquila", "calminha", coisa que nunca imaginava na vida.....Mas, vejo que sou caso raro. Tenho ao meu redor muitas amigas com filhos pequenos e as noites são terríveis, a amamentação foi penosa, seja pelo leite que secou, seja pelo neném que demorou a se adaptar. Vejo nenéns nervosos, com dores, trocando a noite pelo dia, chorando demais, com rotinas loucas e mais do que isso: vejo mães inseguras, tensas, cheias de dúvidas. Aos poucos fui percebendo que virei uma espécie de consultora informal dessas amigas. Muitas delas me tinham como exemplo (o que acho eu que estou longe de ser) mas, se todas me solicitavam, em algo eu acertei, certo ? Pouco li durante a gravidez, sou mais do estilo de deixar acontecer pra saber o que fazer. Li "Cuidando do seu filho do nascimento aos 5 anos", que é um livro que como diz o título é pra ir lendo aos poucos. Gostei e tiro boas dicas dele. E comecei a ler recentemente " A encantadora de bebês", mas, confesso que achei tudo bem estranho e pouco concordo com ela, até porque o livro é escrito por uma pessoa de uma cultura totalmente diferente da nossa e com uma realidade bem diferente. Vou agindo pelo instinto, ouvindo uma coisa aqui, outra ali, me baseando no bom senso e no conhecimento do meu filho. Já sei perfeitamente interpretar suas vontades, seu choro, seus gritos e com isso é fácil fácil cuidar dele. Cuidar de um neném é a coisa mais gostosa da vida e queria transmitir coisas boas para essas mães que não tiveram a sorte de ter dias maravilhosos como os meus..... há segredos ? sim, há, e o maior deles é PACIÊNCIA e muito, muito amor !